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GRUPO DE TEATRO TERAPÊUTICO

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Carmen em Tragicomédia no Luna Parque - Sinopse

“CARMEN EM TRAGICOMÉDIA  NO LUNA PARQUE” é uma adaptação livre para Teatro da novela de Prosper Mérimee “CARMEN”.

Desde sempre tem este tema exercido um certo fascínio nos criadores, o que levou compositores e gente do cinema a recriá-lo. Bizet com a obra operática do mesmo nome, e o cinema desde sempre e mais recentemente na década de 80, após a passagem da obra a “domínio público”, com três filmes de consagrados realizadores: Peter Brook, Carlos Saura e Francesco Rossi.

O mito Carmen é o da Paixão, do ciúme, do desejo, da posse. É uma história da Andaluzia, escrita por um francês. É uma história cujos caracteres nos aproximam por desejos e ressonâncias culturais. A nossa Carmen nasceu duma visita ao espaço do Hospital Psiquiátrico de Miraflores, em Sevilha. Localiza-se, assim, num hipotético hospital, em hora de recreio, ao entardecer, antes do recolher. É a história de dois velhos, um homem e uma mulher, crónicos de muitos anos, que com outros pacientes recriam em cada dia, essa história dos outros, dos mitómanos. O soldadito José, poderá ser o velho militar da guerra civil, e a velha abandonada e esquecida pela família e pelo que a rodeia fora da cerca durante anos, uma Carmen como qualquer outra mulher.

Mas os actores, títeres da vida, personagens do mito, compreendem que aquele é o seu momento, insurgem-se, e questionam o “porquê” da acção, já que é muito pouco o tempo que os separa do sono, e o receio de se perderem nos “papéis dos outros” os obriga a tocar a realidade. É o desefio entre ficção do espaço cénico e o contexto em que ele se insere.

Embora marcada de “tragicomédia” esta “Carmen” é uma história de festas, em que poderão participar inúmeros doentes, mesmo crónicos, como figurantes, e em que a música, o colorido e a comicidade de certas situações, mesmo ditas em tom brejeiro, irão certamente desanuviar quaisquer sentimentos de possível angústia.

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