Limiar - Sinopse
GRUPO DE TEATRO TERAPÊUTICO
Normalidade... Anormalidade... O ser normal ou não o ser, o que é? Há zonas limites que nos obrigam aceitar ou a sofrer o injusto, a rejeição?
Quem decide? O que impõe? Quais os parâmetros das decisões que podem bloquear, alienar ou mesmo matar?
“O que é diferente não pode ser parecido ou igual ao mais comum de tudo mas, exatamente, a marca das diferenças que torna o comum acima de valores mais elevados”.
A partir de inquietações sobre o normal/anormal, os atores do Grupo de Teatro Terapêutico Dirigido – pessoas com experiência da doença mental- propuseram ao encenador que redigisse, escrevesse uma peça para Teatro de “escrita criativa de discussões e conversas em grupo com análises de conteúdo das ideias em causa”, que proporcionasse algo a levar ao público em geral, numa leitura cénica que permitisse dar a conhecer melhor “a reflexão normal” de pessoas consideradas ainda como personalidades estigmatizadas por conceitos que parecem desajustados na conjuntura da sociedade atual.
“Limiar”, o texto conseguido de preocupações do Grupo de Teatro Terapêutico é uma metáfora do real, de experiências vividas.Coloca-nos na soleira do desconhecido, é o desafio a cada um de nós.
O que atravessámos ou tentámos, conhecemos, mas valerá a pena franquear o desconhecido, o outro lado, mesmo correndo o risco do não regresso?
“Limiar”, são as interrogações de personagens que procuram entender porque arriscaram; porque não devem arriscar; porque é que o risco é afrodisíaco perigoso quando não controlado.
João Silva