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GRUPO DE TEATRO TERAPÊUTICO

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A Borralhona - Sinopse

A escrita da peça “A Borralhona” deve-se à vontade que as gentes do Teatro têm de levar ao público textos de comédia ou farsa, tão actualmente considerados por alguns sectores da cultura escrita para teatro, de condição lateral.

O humor é via difícil de atingir, porque provocar a dor é fácil, mas atingir o prazer da alegria é complexo.

 

O humor nas últimas décadas tem sofrido investidas de mau gosto kitsch, oficializado, que prolifera nos conteúdos culturais vários, e que são passados ao público em geral. Talvez seja altura de, a par de tantas formas culturais, começarmos a tratar o humor com a seriedade e a atenção que o mesmo nos exige.

 

Com estas vontades e com o respeito que as coisas nos merecem sempre, e porque este grupo de teatro (terapêutico) encomendou uma peça que brincasse e fantasiasse com os males e o caricato do mundo, resolveu o encenador escrever para os intérpretes a comédia “A Borralhona”, adaptação livre e mais próxima da nossa época do conto de fadas “A Gata Borralheira”.

 

As personagens e a simbologia têm assim, na peça, leituras do tempo que é nosso.

O grotesco e a fealdade das personagens de “A Borralhona” afastam-se da tradicional e aparente poesia da idílica “A Gata Borralheira”, embora em ambas o ritmo da magia permaneça.

 

Por um lado o ridículo, por outro o sonho.

Entregues as primeiras vinte páginas do rascunho aos futuros intérpretes, mereceu os comentários: “Acho a linguagem adequada para uma peça infantil”, e “Linguagem bem adaptada ao estilo da comédia” e “Gosto muito pela musicalidade. Se tiver essa musicalidade nas vozes, resulta”.

 

João Silva

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