A peça Sonhos sem Freud é consequente de leituras e jogos dramáticos, mais conversas, com actores do Grupo de Teatro Terapêutico. É o resultado de estórias fantásticas para adultos, e não só, que quando ligadas aos sonhos oníricos de alguns, com os sonhos desejados de outros e a fantasia mágica das histórias do “Era uma vez...” para a infância, conseguem manter o ponto de interrogação entre o que é e o que parece ser.

 

As cinco (seis) personagens de Sonhos sem Freud: Gaspar, Sig-Sig, Olívia, Alice (s) e Cornélius têm em comum os sonhos, as fantasias do impossível. Aguardam, esperam, que lhes esclareça a diferença do “faz de conta”. Mas nada irá acontecer, e acontece que os sonhos ainda vão sendo o melhor que têm, até...

 

A cena desenvolve-se num espaço mágico, entre transparências, figuras saídas de uma qualquer banda desenhada, objecto sensíveis ao toque.

 

É um trabalho de criatividade que permite aos doentes-actores um bom relacionamento com os criativos. Da cenografia à iluminação.

 

Esta peça, o texto e o trabalho cénico, contrariamente à anterior (A Muralha),é um projecto sem “grandes dramatismos teatrais”. É divertido, e podemos considerá-lo trabalho de grande interesse.

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João Silva